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10. O Reinado das IPAs

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Olá! O meu nome é Ricardo Sousa e este é o meu podcast sobre Cerveja Artesanal.

É indiscutível que as IPAs estão no topo das preferências dos consumidores de cervejas artesanais, sobretudo após o seu papel na revolução do mercado de cerveja artesanal nos anos 80 e 90. Mas a história das IPAs remonta a uma altura muito, muito anterior ao final do século passado. Uma história que foi interrompida há cerca de 100, sobretudo pela aposta nas Lagers no Reino Unido e pela lei seca no EUA, até ao seu ressurgimento, então, nessas décadas de 80 e 90.

Muito sucintamente, uma IPA é um Pale Ale marcada por uma alta concentração de lúpulo, o que destaca o amargor com um nível de IBU mais elevado que uma Lager, por exemplo. É também comum os cervejeiros usarem a técnica de dry hopping na produção deste estilo, que assenta em acrescentar mais lúpulo durante a fase de maturação do mosto, conferindo mais frescor e aroma à cerveja.

Muitos de vós já ouviram, de certeza, a lenda que conta que no século XVIII deu-se a necessidade de criar uma solução que permitisse que as Pale Ale produzidas em Inglaterra chegassem à Índia em melhores condições para consumo do que aquelas até então conseguidas. E, como sabem, o lúpulo ajuda à conservação da cerveja, pelo que acrescentar este ingrediente às Pale Ales era a solução, nascendo, então, uma cerveja mais forte e alcoolicamente mais potente - a India Pale Ale. O mérito da criação deste estilo caía, então, num senhor chamado George Hogdson da cervejeira Bow em 1760.

Mas a evidência mostra que mais de 100 anos antes já se exportavam Porters e Pale Ales com sucesso, e até já se sabia que acrescentar mais lúpulo iria ajudar à conservação da cerveja.

Outro ponto que também quero destacar é a temperatura a que deve beber uma IPA. Em geral recomenda-se que uma IPA deva ser consumida entre os 7 e os 10 graus. Isso mesmo! Ao nível de uma Porter, por incrível que isso possa parecer.

Para um cerveja deste tipo, encorpada e aromática, não usem os vulgares copos de fino. Esses devem servir para beber cervejas leves e pouco aromáticas. Uma IPA deve ser bebida usando um copo largo que permita a libertação de aromas como uma tulipa ou um copo Teku. Este é o meu preferido.

Por fim, e respondendo à pergunta inicial, não, não creio que as IPAs perderão lugar de destaque nos próximos anos. Se dúvidas houvesse, basta ver a quantidade enorme de variações que as IPAs sempre tiveram e que ainda continuam a aparecer.

Desde as IPAs Inglesas, passando pelas Americanas como as West Coast ou as famosas, cada vez mais na moda, NEIPAs, pelas IPAs Belgas, feitas com leveduras belgas, pelas Double e Triple IPAs, pelas Red IPAs com o seu toque caramelizado, ou as Session IPAs, mais leves e menos alcoólicas, e até mesmo as Black IPAs e as White IPAs, Cold IPAs e acabando até nas Brett IPAs onde são usadas leveduras selvagens, as famosas Brettanomyces, que tornam esta variante de uma IPA bem refrescante com o seu carácter amargo e ligeiramente azedo.

A realidade é que existem cada vez mais variedades e, sejamos honestos, cada vez melhores receitas e melhores cervejeiros, capazes de combinar lúpulos e leveduras de forma extraordinária, prometendo criar cada vez melhores cervejas e melhores IPAs. Eu, pessoalmente, agradeço e sei que muitos de vós também.

Este foi mais um episódio do podcast Cerveja Artesanal com Ricardo Sousa.

Se gostaste, deixa um comentário, subscreve e partilha com os teus amigos. Ouvinte a ouvinte, apreciador a apreciador, convosco o mercado da Cerveja Artesanal vai continuar a crescer.

#bebemenosbebemelhor

Music from Uppbeat (free for Creators!): https://uppbeat.io/t/paul-yudin/big-adventure License code: 8GIR6VXMEFPI7EKG

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É indiscutível que as IPAs estão no topo das preferências dos consumidores de cervejas artesanais, sobretudo após o seu papel na revolução do mercado de cerveja artesanal nos anos 80 e 90. Mas a história das IPAs remonta a uma altura muito, muito anterior ao final do século passado. Uma história que foi interrompida há cerca de 100, sobretudo pela aposta nas Lagers no Reino Unido e pela lei seca no EUA, até ao seu ressurgimento, então, nessas décadas de 80 e 90.

Muito sucintamente, uma IPA é um Pale Ale marcada por uma alta concentração de lúpulo, o que destaca o amargor com um nível de IBU mais elevado que uma Lager, por exemplo. É também comum os cervejeiros usarem a técnica de dry hopping na produção deste estilo, que assenta em acrescentar mais lúpulo durante a fase de maturação do mosto, conferindo mais frescor e aroma à cerveja.

Muitos de vós já ouviram, de certeza, a lenda que conta que no século XVIII deu-se a necessidade de criar uma solução que permitisse que as Pale Ale produzidas em Inglaterra chegassem à Índia em melhores condições para consumo do que aquelas até então conseguidas. E, como sabem, o lúpulo ajuda à conservação da cerveja, pelo que acrescentar este ingrediente às Pale Ales era a solução, nascendo, então, uma cerveja mais forte e alcoolicamente mais potente - a India Pale Ale. O mérito da criação deste estilo caía, então, num senhor chamado George Hogdson da cervejeira Bow em 1760.

Mas a evidência mostra que mais de 100 anos antes já se exportavam Porters e Pale Ales com sucesso, e até já se sabia que acrescentar mais lúpulo iria ajudar à conservação da cerveja.

Outro ponto que também quero destacar é a temperatura a que deve beber uma IPA. Em geral recomenda-se que uma IPA deva ser consumida entre os 7 e os 10 graus. Isso mesmo! Ao nível de uma Porter, por incrível que isso possa parecer.

Para um cerveja deste tipo, encorpada e aromática, não usem os vulgares copos de fino. Esses devem servir para beber cervejas leves e pouco aromáticas. Uma IPA deve ser bebida usando um copo largo que permita a libertação de aromas como uma tulipa ou um copo Teku. Este é o meu preferido.

Por fim, e respondendo à pergunta inicial, não, não creio que as IPAs perderão lugar de destaque nos próximos anos. Se dúvidas houvesse, basta ver a quantidade enorme de variações que as IPAs sempre tiveram e que ainda continuam a aparecer.

Desde as IPAs Inglesas, passando pelas Americanas como as West Coast ou as famosas, cada vez mais na moda, NEIPAs, pelas IPAs Belgas, feitas com leveduras belgas, pelas Double e Triple IPAs, pelas Red IPAs com o seu toque caramelizado, ou as Session IPAs, mais leves e menos alcoólicas, e até mesmo as Black IPAs e as White IPAs, Cold IPAs e acabando até nas Brett IPAs onde são usadas leveduras selvagens, as famosas Brettanomyces, que tornam esta variante de uma IPA bem refrescante com o seu carácter amargo e ligeiramente azedo.

A realidade é que existem cada vez mais variedades e, sejamos honestos, cada vez melhores receitas e melhores cervejeiros, capazes de combinar lúpulos e leveduras de forma extraordinária, prometendo criar cada vez melhores cervejas e melhores IPAs. Eu, pessoalmente, agradeço e sei que muitos de vós também.

Este foi mais um episódio do podcast Cerveja Artesanal com Ricardo Sousa.

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