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Contratada por equipe francesa, Bruna Takahashi valoriza experiência no WTT de tênis de mesa em Montpellier

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Os melhores atletas do mundo no tênis de mesa se reuniram no sul da França nos últimos dias para a disputa do WTT Champions de Montpellier. O torneio começou na última terça-feira, dia 22, e se encerra neste domingo, 27, com 64 competidores ao todo, tanto no feminino como no masculino, que se enfrentaram em partidas eliminatórias, a partir da fase de 16 avos de final.

Renan Tolentino, da redação da RFI em Paris

No lado verde e amarelo, o Brasil contou com a participação de Bruna Takahashi e Hugo Calderano, que retornam à França cerca de dois meses depois dos Jogos Olímpicos de Paris.

Entre os atletas da casa, estão Felix e Alexis Lebrun, dois jovens irmãos franceses que se tornaram sensação da modalidade no país, principalmente por seu desempenho nas Olimpíadas de 2024. Alexis, inclusive, foi campeão europeu há menos de uma semana.

No Champions de Montpellier, infelizmente, Bruna acabou caindo na primeira fase para a chinesa Chen Xingtong, atual número 6 do ranking mundial. Apesar do resultado, a brasileira tenta tirar boas lições de sua participação e valoriza a experiência adquirida no torneio.

“O Champions é uma das maiores competições que a gente tem no WTT [World Table Tennis, que organiza as competições]. Primeiro tem o Finals, no qual disputam os top 16 do ranking. E o Champions, com os top 32 do ranking mundial. Vamos dizer que o peso é muito alto", comenta Bruna sobre a importância do torneio de Montpellier.

A brasileira explica que, com a rotina de seguidos campeonatos no calendário da modalidade, o mesatenista nem sempre encontra tempo para se preparar entre uma competição e outra.

“Não tive muito tempo de treinamento. Saí do campeonato Panamericano e vim logo para jogar o Champions em Montpellier. Vindo de uma rotina de campeonatos (...) Não consegui o melhor aqui em Montpellier, mas é sempre uma grande oportunidade jogar com as chinesas, com as melhores, para conseguir dar o máximo, aproveitar e ter alguma chance para ganhar delas. Gostei muito do meu jogo, da minha performance contra a chinesa, mas infelizmente não ganhei", lamenta.

A chinesa Chen Xingtong, que encarou Bruna em Montpellier, é uma adversária dura e já tinha enfrentado a brasileira em outras duas ocasiões anteriormente, saindo vencedora. Neste último duelo entre as duas, o cenário não mudou, mas a atleta reforça a importância de estar sempre jogando com as melhores.

“No jogo, em alguns sets eu não ia muito bem, mas eu estava conseguindo voltar (para a disputa) muitas vezes. No último set, ela abriu uma vantagem muito boa e eu consegui voltar, mas acabei não fechando o set. O bom é que, jogando com elas (chinesas), eu consigo pegar o ritmo delas, do jeito que elas jogam, para um dia, quem sabe, conseguir vencê-las”, avalia.

Hugo Calderano, por sua vez, venceu o seu primeiro jogo, contra o sul-coreano Lim Jonghoon, 30º do ranking mundial, avançando para as oitavas de final.

“Ele é um jogador muito experiente, tem um mental muito bom, tem uma perceção de jogo muito boa”, comenta a brasileira.

Resultado positivo no Pan de El Salvador

Tanto Hugo como Bruna vêm de excelentes resultados no Panamericano, que foi disputado há duas semanas em El Salvador. Jogando juntos, os dois ficaram com a medalha de prata nas duplas mistas, perdendo a final para outra dupla brasileira, Teodoro e Giulia Takahashi, que é irmã de Bruna. Ela também garantiu a prata no individual.

“Individualmente, eu gostaria de ter ganhado, claro, mas tentei o meu melhor. A Adriana [Diaz] é uma jogadora muito forte. E em dupla mista foi nosso primeiro campeonato, a gente tem muito ainda o que aprender juntas", avalia Bruna.

Segundo a mesatenista, aliar sua agenda com a sua companheira de dupla foi um desafio também. "A gente treinou algumas vezes antes, mas nosso calendário é muito difícil de conseguir achar um bom tempo, e temos muitos campeonatos também. Então, é muito difícil conseguir treinar bastante juntas. Mas a gente deu o nosso melhor e vamos ver o que acontece nos próximos torneios. A final, mesmo que tenha sido contra minha irmã, todo mundo ali quer ganhar. Foi um jogo bem acirrado, mas eles jogam há bastante tempo juntos e jogaram bem”, explica Bruna.

Novo caminho em território francês

Contratada este ano pela equipe de tênis de mesa Alliance Nîmes, no sul da França, Bruna deve seguir focada na disputa da liga francesa e de outros torneios do circuito internacional.

“Eu tenho alguns jogos agora, nessa próxima semana e aí depois eu vou para o Champions de Frankfurt [na Alemanha]. São vários jogos durante um ano, então você tem que conciliar com os campeonatos da WTT e conciliar com os treinos também (...) Quando a gente tem algum tempo, tenta focar bastante no treino. A gente meio que tem que se auto conhecer e entender o que a gente precisa. É muito importante esse autoconhecimento nosso, para saber quando é necessário treinar bastante, quando é necessário descansar o corpo”, conclui a brasileira.

Assim, tentando rebater as dificuldades, Bruna Takahashi e Hugo Calderano seguem focados nas próximas competições, sem perder de vista o ciclo olímpico para, quem sabe, brilharem em Los Angeles 2028.

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Renan Tolentino, da redação da RFI em Paris

No lado verde e amarelo, o Brasil contou com a participação de Bruna Takahashi e Hugo Calderano, que retornam à França cerca de dois meses depois dos Jogos Olímpicos de Paris.

Entre os atletas da casa, estão Felix e Alexis Lebrun, dois jovens irmãos franceses que se tornaram sensação da modalidade no país, principalmente por seu desempenho nas Olimpíadas de 2024. Alexis, inclusive, foi campeão europeu há menos de uma semana.

No Champions de Montpellier, infelizmente, Bruna acabou caindo na primeira fase para a chinesa Chen Xingtong, atual número 6 do ranking mundial. Apesar do resultado, a brasileira tenta tirar boas lições de sua participação e valoriza a experiência adquirida no torneio.

“O Champions é uma das maiores competições que a gente tem no WTT [World Table Tennis, que organiza as competições]. Primeiro tem o Finals, no qual disputam os top 16 do ranking. E o Champions, com os top 32 do ranking mundial. Vamos dizer que o peso é muito alto", comenta Bruna sobre a importância do torneio de Montpellier.

A brasileira explica que, com a rotina de seguidos campeonatos no calendário da modalidade, o mesatenista nem sempre encontra tempo para se preparar entre uma competição e outra.

“Não tive muito tempo de treinamento. Saí do campeonato Panamericano e vim logo para jogar o Champions em Montpellier. Vindo de uma rotina de campeonatos (...) Não consegui o melhor aqui em Montpellier, mas é sempre uma grande oportunidade jogar com as chinesas, com as melhores, para conseguir dar o máximo, aproveitar e ter alguma chance para ganhar delas. Gostei muito do meu jogo, da minha performance contra a chinesa, mas infelizmente não ganhei", lamenta.

A chinesa Chen Xingtong, que encarou Bruna em Montpellier, é uma adversária dura e já tinha enfrentado a brasileira em outras duas ocasiões anteriormente, saindo vencedora. Neste último duelo entre as duas, o cenário não mudou, mas a atleta reforça a importância de estar sempre jogando com as melhores.

“No jogo, em alguns sets eu não ia muito bem, mas eu estava conseguindo voltar (para a disputa) muitas vezes. No último set, ela abriu uma vantagem muito boa e eu consegui voltar, mas acabei não fechando o set. O bom é que, jogando com elas (chinesas), eu consigo pegar o ritmo delas, do jeito que elas jogam, para um dia, quem sabe, conseguir vencê-las”, avalia.

Hugo Calderano, por sua vez, venceu o seu primeiro jogo, contra o sul-coreano Lim Jonghoon, 30º do ranking mundial, avançando para as oitavas de final.

“Ele é um jogador muito experiente, tem um mental muito bom, tem uma perceção de jogo muito boa”, comenta a brasileira.

Resultado positivo no Pan de El Salvador

Tanto Hugo como Bruna vêm de excelentes resultados no Panamericano, que foi disputado há duas semanas em El Salvador. Jogando juntos, os dois ficaram com a medalha de prata nas duplas mistas, perdendo a final para outra dupla brasileira, Teodoro e Giulia Takahashi, que é irmã de Bruna. Ela também garantiu a prata no individual.

“Individualmente, eu gostaria de ter ganhado, claro, mas tentei o meu melhor. A Adriana [Diaz] é uma jogadora muito forte. E em dupla mista foi nosso primeiro campeonato, a gente tem muito ainda o que aprender juntas", avalia Bruna.

Segundo a mesatenista, aliar sua agenda com a sua companheira de dupla foi um desafio também. "A gente treinou algumas vezes antes, mas nosso calendário é muito difícil de conseguir achar um bom tempo, e temos muitos campeonatos também. Então, é muito difícil conseguir treinar bastante juntas. Mas a gente deu o nosso melhor e vamos ver o que acontece nos próximos torneios. A final, mesmo que tenha sido contra minha irmã, todo mundo ali quer ganhar. Foi um jogo bem acirrado, mas eles jogam há bastante tempo juntos e jogaram bem”, explica Bruna.

Novo caminho em território francês

Contratada este ano pela equipe de tênis de mesa Alliance Nîmes, no sul da França, Bruna deve seguir focada na disputa da liga francesa e de outros torneios do circuito internacional.

“Eu tenho alguns jogos agora, nessa próxima semana e aí depois eu vou para o Champions de Frankfurt [na Alemanha]. São vários jogos durante um ano, então você tem que conciliar com os campeonatos da WTT e conciliar com os treinos também (...) Quando a gente tem algum tempo, tenta focar bastante no treino. A gente meio que tem que se auto conhecer e entender o que a gente precisa. É muito importante esse autoconhecimento nosso, para saber quando é necessário treinar bastante, quando é necessário descansar o corpo”, conclui a brasileira.

Assim, tentando rebater as dificuldades, Bruna Takahashi e Hugo Calderano seguem focados nas próximas competições, sem perder de vista o ciclo olímpico para, quem sabe, brilharem em Los Angeles 2028.

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