Morning Gallo #0436: Futuros avançam em NY após fala de Powell

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A quinta-feira começa com ganhos generalizados no continente asiático, estendendo-se também para os futuros em NY, com os rendimentos do Tesouro americano afastando-se das máximos de quatro meses, depois que o chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, reafirmou que o banco central está no caminho certo para reduzir os cortes nas taxas de juros este ano.

O índice europeu Stoxx 600 sobe 0,2%, enquanto os futuros do Nasdaq sobem quase 0,5%, impulsionados pelos comentários de Powell de que os números recentes da inflação não “alteraram materialmente” o quadro geral. Essa visão derrubou os rendimentos do Tesouro de 10 anos das máximas atingidas esta semana, enquanto o índice do dólar da Bloomberg ampliou sua queda, após a maior queda diária em quase um mês.

O nervosismo permanece, no entanto, uma vez que uma leitura surpreendente das folhas de pagamento privadas de março sugeriu a possibilidade de um número igualmente forte para a impressão mensal das folhas de pagamento não agrícolas na sexta-feira (payroll). Os mercados de swap ainda precificam menos de três cortes nas taxas para 2024 e vêem apenas 56% de probabilidade de o ciclo de flexibilização começar em Junho.

O otimismo também foi atenuado pela previsão do presidente de Atlanta, Raphael Bostic, de apenas um corte nas taxas este ano, que ocorreria no quarto trimestre.

Os receios de inflação também estão a ser alimentados pela força dos preços das matérias-primas, com os futuros do petróleo Brent a aproximarem-se dos máximos dos últimos cinco meses, depois de a OPEP+ ter confirmado planos para continuar a restringir a oferta de petróleo bruto. O cobre atingiu o pico de 14 meses e o ouro está sendo negociado perto de níveis recordes, acima de US$ 2.300 por onça.

Por aqui, após operar com forte queda, o Ibovespa reagiu positivamente à fala de Powell no início da tarde de ontem, chegando inclusive a virar para o terreno positivo momentaneamente, mas terminou a sessão em leve baixa de 0,18%, aos 127.318 pontos, desta vez acompanhando o ritmo em Wall Street.

Além disso, os juros futuros (DIs) emendaram a terceira alta seguida por toda a curva e o dólar encerrou mais uma sessão em queda, desta vez de 0,35% aos R$5,04.

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